Cortisol

O exame de cortisol é fundamental na avaliação da funcionalidade das glândulas suprarrenais ou hipófise, uma vez que está associado à regulação do metabolismo.

Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é o exame de cortisol, sua importância, como é realizado, quando é indicado e como se preparar para garantir resultados precisos. Boa leitura!

O que é o cortisol e qual sua função?

O cortisol é um hormônio produzido nas glândulas adrenais, localizadas acima dos rins, e regulado pela glândula pituitária.

Apesar de ser popularmente conhecido como “hormônio do estresse”, o cortisol desempenha um papel vital em uma série de processos fisiológicos no corpo, indo além do simples combate ao estresse. Suas principais funções englobam:

• Regulação do metabolismo: fornecimento de energia durante estresse ou esforço físico, facilitando a quebra de proteínas em aminoácidos e convertendo-os em glicose;
• Resposta ao estresse: auxilia o organismo a lidar com situações estressantes, aumentando os níveis de energia, melhorando o foco e influenciando alguns processos fisiológicos;
• Regulação da pressão: ajuda no controle da pressão sanguínea, influenciando a dilatação e a constrição dos vasos sanguíneos;
• Ação anti-inflamatória: contribui para a redução das inflamações;
• Auxílio no ciclo sono-vigília: auxilia no ritmo circadiano, aumentando a disposição durante o dia e promovendo um sono reparador durante a noite.

Sintomas de cortisol alterado

Primeiro é importante mencionar que os níveis de cortisol variam ao longo do dia, apresentando diferentes valores de referência pela manhã e no final do dia.

Quando ocorre uma alteração nos níveis de cortisol, seja por excesso ou falta, uma variedade de sintomas pode surgir, impactando a qualidade de vida e o bem-estar do paciente.

Cortisol alto

O aumento dos níveis de cortisol, associado a condições como a Síndrome de Cushing ou estresse crônico, pode resultar em sintomas como:

• Alterações na menstruação e dificuldade para engravidar;
• Aparecimento de manchas roxas e hematomas;
• Aumento do estresse;
• Colesterol alto;
• Depressão ou instabilidade emocional;
• Dificuldade de concentração;
• Enfraquecimento dos ossos;
• Fadiga;
• Fraqueza muscular;
• Ganho de peso;
• Pressão alta;
• Surgimento de espinhas e estrias.

Cortisol baixo

Já a diminuição dos níveis de cortisol, geralmente associada à insuficiência adrenal ou doenças autoimunes, pode manifestar-se por meio de sinais e sintomas como:

• Desânimo e mal-estar;
• Diminuição da tolerância ao estresse;
• Fraqueza;
• Hipoglicemia;
• Náuseas e perda de apetite;
• Perda de peso inexplicada;
• Pressão baixa;
• Sensação de desmaio.

Por que fazer o exame de cortisol?

O exame de cortisol é indicado quando há suspeita de distúrbios nas glândulas suprarrenais ou na hipófise. 

Além disso, pode ser solicitado para investigar sintomas como da Síndrome de Cushing ou da insuficiência adrenal. Avaliações periódicas também são recomendadas para monitorar tratamentos relacionados a essas condições.

Veja também – Exames laboratoriais: 10 principais exames de rotina

Indicações para o exame de cortisol

Este exame é uma ferramenta valiosa e versátil, sendo recomendado tanto para homens quanto para mulheres, independentemente da idade, inclusive para gestantes.

O exame de cortisol é especialmente indicado nos seguintes casos:

• Atraso no desenvolvimento das crianças e baixa estatura;
• Avaliação de problemas relacionados ao estresse crônico;
• Cansaço, fraqueza e indisposição;
• Ciclos menstruais irregulares;
• Hipertensão e hiperglicemia;
• Manchas escuras na pele (Doença de Addison);
• Monitoramento de tratamentos para distúrbios adrenal ou pituitário;
• Perda anormal de massa muscular;
• Suspeita da Síndrome de Cushing.

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Tipos de exames do cortisol

Existem diferentes métodos para avaliar os níveis de cortisol, cada um com suas particularidades. A escolha do tipo de exame é feita com base nas necessidades específicas do paciente e nas recomendações médicas. 

A seguir, confira mais sobre cada um deles:

• Salivar: analisa o nível de cortisol na urina, contribuindo no diagnóstico de diabetes ou estresse crônico;
• Urinário: avalia a quantidade de cortisol livre na urina; 
• Sanguíneo: mede o nível da proteína cortisol e cortisol livre no sangue, auxiliando no diagnóstico da síndrome de Cushing.

Como é feito o exame de cortisol?

Conforme mencionado anteriormente, o exame de cortisol pode ser realizado de diversas maneiras, cada uma adaptada para atender às necessidades específicas do paciente.

Se a opção for pelo teste de sangue ou saliva, é comum a realização de duas coletas diárias. 

Essas coletas geralmente ocorrem pela manhã, entre às 7h e às 10h, e à tarde, entre as 16h e 20h. A razão para essa dupla coleta é avaliar as variações nos níveis de cortisol ao longo do dia.

No caso da coleta de urina, o procedimento envolve a obtenção de amostras de urina ao longo de um período de 24 horas. Essa abordagem proporciona uma visão mais ampla e média dos níveis de cortisol, refletindo a produção total ao longo do dia.

Qual o preparo para exame de cortisol?

Preparar-se para o exame de cortisol é uma etapa simples, mas alguns cuidados são necessários para garantir a precisão dos resultados. Aqui estão algumas orientações importantes a serem seguidas:

• Realizar jejum de pelo menos 4 horas;
• Evitar exercícios físicos antes do exame;
• Informar ao médico os medicamentos que está tomando, especialmente os corticosteroides ou que contém estrogênio.

No caso de exames de cortisol salivar, é recomendado que a coleta seja feita 2 horas após o horário de acordar habitual.

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