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Saúde

Sintomas de câncer de mama

11 de outubro de 2024
Sintomas de câncer de mama

O câncer de mama é uma das doenças mais discutidas no campo da saúde feminina, sendo o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. Embora o diagnóstico precoce tenha salvado inúmeras vidas, o desconhecimento sobre os sinais e sintomas iniciais ainda gera dúvidas. Muitas mulheres se perguntam: como identificar um caroço, ou se é normal sentir dor na mama, entre outras questões importantes.

Este artigo responde às principais perguntas sobre o câncer de mama, seus sintomas, sinais de alerta e as diferenças entre nódulos benignos e malignos. Com informações detalhadas, o objetivo é fornecer conhecimento para que você possa identificar sinais suspeitos e procurar ajuda médica o quanto antes.

Quais são os sintomas iniciais do câncer de mama?

Os sintomas iniciais do câncer de mama podem ser sutis e, em muitos casos, não causar dor. No entanto, é importante estar atenta a qualquer mudança nas mamas, por menor que pareça. Os principais sinais de alerta incluem:

Nódulo ou caroço

Um dos primeiros sintomas pode ser a presença de um nódulo ou massa na mama. Esse caroço, geralmente, é indolor e firme, com bordas irregulares, mas pode ser macio em alguns casos.

Mudanças no formato ou tamanho da mama

Uma mama pode parecer maior ou mais inchada que a outra sem motivo aparente.

Secreção no mamilo

A liberação de líquido do mamilo, especialmente se for sanguinolento ou ocorrer sem estímulo, é um sintoma de alerta.

Alterações na pele da mama

Vermelhidão, descamação ou enrugamento da pele podem ser sinais de câncer.

Inversão do mamilo

A retração ou inversão do mamilo, em que ele parece “entrar” na mama, também pode indicar a presença de um tumor.

Como identificar um caroço na mama?

Identificar um caroço na mama pode ser feito através do autoexame, mas também é importante realizar exames regulares com o médico. Para o autoexame, siga este método:

  • De pé ou deitada, use os dedos de uma mão para sentir a mama oposta, realizando movimentos circulares.
  • Palpe a mama inteira, cobrindo desde a parte externa até o centro, onde está o mamilo.
  • Pressione levemente e depois com mais firmeza, para garantir que você está sentindo todas as camadas de tecido.
  • Palpe a axila também, pois os gânglios linfáticos aumentados podem indicar alterações.

Se notar algo diferente do habitual, como um nódulo duro, fixo ou com bordas irregulares, marque uma consulta com um médico para investigação.

O câncer de mama pode causar dor na mama ou no mamilo?

Diferentemente do que muitos imaginam, o câncer de mama nem sempre causa dor, especialmente nos estágios iniciais. No entanto, em alguns casos, o câncer pode causar sensibilidade ou dor na mama, no mamilo ou até mesmo nas axilas, especialmente se o tumor estiver pressionando nervos ou músculos ao redor.

Além disso, dor crônica no mamilo, que pode incluir sensação de queimação ou formigamento, pode ser um sinal de alerta em combinação com outros sintomas. É sempre recomendado consultar um médico se houver dor persistente sem explicação.

Quais alterações na pele da mama podem indicar câncer?

Algumas alterações visíveis na pele da mama podem indicar câncer, principalmente se aparecerem de forma repentina e sem motivo aparente. As principais alterações incluem:

  • Vermelhidão ou áreas mais escuras, como se a pele estivesse inflamada.
  • Inchaço, que pode ser localizado ou afetar a mama inteira.
  • Rugas ou retrações, que são sinais de que a pele está sendo “puxada” por um tumor subjacente.
  • Espessamento da pele, que pode parecer mais áspero ou endurecido.

Essas alterações devem ser avaliadas por um médico, especialmente se acompanhadas de outros sintomas, como nódulos ou secreção.

O que significa ter a pele da mama com aspecto de casca de laranja?

O aspecto de casca de laranja, também chamado de peau d’orange, refere-se à pele da mama com pequenas ondulações e poros dilatados, dando a aparência de uma casca de laranja. Esse sintoma pode indicar um tipo raro e agressivo de câncer de mama, o câncer de mama inflamatório, que causa obstrução dos vasos linfáticos na pele, levando ao acúmulo de líquidos.

O câncer de mama inflamatório costuma progredir rapidamente, por isso, qualquer sinal de pele com essa aparência deve ser investigado imediatamente.

A inversão do mamilo é um sintoma de câncer de mama?

Sim, a inversão do mamilo pode ser um sintoma de câncer de mama, principalmente se ocorrer de maneira súbita. Quando um tumor cresce próximo ao mamilo, ele pode “puxar” a pele e os tecidos ao redor, fazendo com que o mamilo se retraia para dentro.

No entanto, algumas mulheres podem ter mamilos invertidos naturalmente. O que deve chamar atenção é uma mudança repentina, especialmente se acompanhada de outros sintomas como nódulos ou alterações na pele.

Como detectar inchaço ou caroço na região da axila?

O inchaço ou caroço na região da axila pode ser um dos primeiros sinais de que o câncer de mama se espalhou para os gânglios linfáticos, uma rede de células imunológicas que ajuda a combater infecções. Para detectar alterações na axila, siga estes passos durante o autoexame:

  • Levante o braço e use a mão oposta para sentir a área sob o braço.
  • Realize movimentos circulares suaves, procurando por qualquer nódulo ou inchaço.
  • Observe alterações no tamanho e na consistência, especialmente se for um caroço firme e indolor.

Se notar algo diferente, como um nódulo fixo ou aumento contínuo na axila, busque orientação médica.

Quais mudanças na aréola podem ser sinais de câncer de mama?

Alterações na aréola que podem indicar câncer de mama incluem:

  • Mudança de cor: a aréola pode ficar mais escura ou mais clara sem explicação aparente.
  • Descamação ou feridas: a pele da aréola pode apresentar rachaduras, ressecamento ou pequenas lesões que não cicatrizam.
  • Aumento ou redução de tamanho: uma aréola que muda de tamanho de forma inesperada pode ser um sinal de alerta.

Esses sintomas também podem estar associados a condições benignas, como eczema, mas devem ser investigados para afastar a possibilidade de câncer.

É normal sentir coceira ou vermelhidão na mama?

Coceira ou vermelhidão na mama podem ser sintomas de várias condições, desde uma simples irritação da pele até infecções. No entanto, se a coceira e a vermelhidão forem persistentes e acompanhadas de outros sinais, como caroços ou mudanças na textura da pele, pode ser um sinal de câncer de mama inflamatório.

Esse tipo de câncer é raro, mas a coceira é um sintoma que frequentemente é negligenciado. Qualquer alteração persistente na pele das mamas deve ser avaliada.

Como diferenciar entre um nódulo benigno e maligno na mama?

Para diferenciar entre um nódulo benigno e maligno, alguns fatores podem ser observados:

  • Nódulos benignos: geralmente, são móveis, redondos e macios ao toque. Eles tendem a ser sensíveis, especialmente durante o ciclo menstrual, e costumam mudar de tamanho.
  • Nódulos malignos: são tipicamente duros, com bordas irregulares e imóveis. Não costumam causar dor inicialmente e aumentam de tamanho com o tempo.

Contudo, apenas um médico, através de exames como mamografia, ultrassonografia ou biópsia, pode determinar com precisão se um nódulo é benigno ou maligno.

Quais os exames para diagnosticar câncer de mama?

No diagnóstico do câncer de mama, vários exames laboratoriais e de imagem são utilizados para confirmar a presença da doença, avaliar sua extensão e determinar o melhor tratamento. Aqui estão os principais exames laboratoriais usados no diagnóstico e acompanhamento do câncer de mama:

1. Biópsia de mama

A biópsia é o exame mais importante e definitivo para diagnosticar o câncer de mama. Nesse procedimento, uma amostra de tecido da mama ou de um nódulo suspeito é retirada e enviada ao laboratório para análise histopatológica. Existem diferentes tipos de biópsia:

  • Biópsia por agulha fina: retira células ou líquido do nódulo para análise.
  • Biópsia por agulha grossa: retira fragmentos maiores de tecido para uma análise mais detalhada.
  • Biópsia cirúrgica: retira uma parte ou todo o nódulo.

Após a biópsia, a amostra é analisada para confirmar se as células são cancerígenas e para determinar o tipo específico de câncer.

2. Imuno-histoquímica

Esse exame é feito a partir da amostra da biópsia e ajuda a determinar se as células tumorais possuem determinados receptores hormonais, como os receptores de estrogênio e progesterona, e a proteína HER2. Isso ajuda a direcionar o tratamento, especialmente no uso de terapia hormonal ou terapias-alvo.

3. Teste de receptores hormonais

As células do câncer de mama podem depender de hormônios femininos, como estrogênio e progesterona, para crescer. Esse exame verifica a presença de receptores hormonais no tecido canceroso. Se o tumor for positivo para esses receptores, significa que ele pode responder bem à terapia hormonal, que bloqueia os hormônios.

4. HER2/neu

O teste para a proteína HER2 (Human Epidermal growth factor Receptor 2) é realizado para verificar se o câncer está associado a altos níveis dessa proteína, que promove o crescimento celular. Tumores com HER2 positivo podem ser tratados com medicamentos específicos, como o trastuzumabe.

5. Teste de perfil genético

Exames como o Oncotype DX ou MammaPrint analisam a atividade de genes ligados ao crescimento do tumor. Esses testes ajudam a determinar o risco de recorrência do câncer e se a paciente pode se beneficiar da quimioterapia.

6. Exames de sangue

Exames de sangue gerais podem não diagnosticar diretamente o câncer de mama, mas podem ajudar a avaliar a saúde geral da paciente e verificar a função de outros órgãos:

  • Hemograma completo: avalia as células sanguíneas, que podem ser afetadas se o câncer já estiver avançado ou se houver efeitos colaterais dos tratamentos.
  • Exames de função hepática e renal: são usados para monitorar o impacto da doença ou do tratamento nesses órgãos.

7. Marcadores tumorais

Embora não sejam usados amplamente para diagnóstico inicial, os marcadores tumorais como o CA 15-3 ou CEA (antígeno carcinoembrionário) podem ser monitorados em algumas pacientes durante o tratamento ou para detectar recidivas. Eles ajudam a avaliar a resposta ao tratamento e a possível presença de metástases.

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